Terça-feira, 09 de Abril de 2019.
Santo do dia: Beata Margarida Rutan, virgem e mártir Cor litúrgica: roxo
Evangelho do dia: São João 8, 21-30
Primeira leitura: Números 21,4-9 Leitura do livro dos Números:
Naqueles dias, 4os filhos de Israel partiram do monte Hor, pelo caminho que leva ao mar Vermelho, para contornarem o país de Edom. Durante a viagem, o povo começou a impacientar-se 5e se pôs a falar contra Deus e contra Moisés, dizendo: “Por que nos fizestes sair do Egito para morrermos no deserto? Não há pão, falta água e já estamos com nojo desse alimento miserável”. 6Então o Senhor mandou contra o povo serpentes venenosas, que os mordiam; e morreu muita gente em Israel. 7O povo foi ter com Moisés e disse: “Pecamos, falando contra o Senhor e contra ti. Roga ao Senhor que afaste de nós as serpentes”. Moisés intercedeu pelo povo, 8e o Senhor respondeu: “Faze uma serpente abrasadora e coloca-a como sinal sobre uma haste; aquele que for mordido e olhar para ela viverá”. 9Moisés fez, pois, uma serpente de bronze e colocou-a como sinal sobre uma haste. Quando alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, ficava curado.
- Palavra do Senhor - Graças a Deus
Salmo 101 (102)
- Ouvi, Senhor, e escutai minha oração, e chegue até vós o meu clamor! De mim não oculteis a vossa face no dia em que estou angustiado! Inclinai o vosso ouvido para mim; ao invocar-vos, atendei-me sem demora!
R: Ouvi, Senhor, e escutai minha oração, e chegue até vós o meu clamor.
- As nações respeitarão o vosso nome, e os reis de toda a terra, a vossa glória; quando o Senhor reconstruir Jerusalém e aparecer com gloriosa majestade, ele ouvirá a oração dos oprimidos e não desprezará a sua prece.
R: Ouvi, Senhor, e escutai minha oração, e chegue até vós o meu clamor.
- Para as futuras gerações se escreva isto, e um povo novo a ser criado louve a Deus. Ele inclinou-se de seu templo nas alturas, e o Senhor olhou a terra do alto céu, para os gemidos dos cativos escutar e da morte libertar os condenados.
R: Ouvi, Senhor, e escutai minha oração, e chegue até vós o meu clamor.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 8, 21-30
- Glória a Cristo, Palavra eterna do Pai, que é amor! - Semente é de Deus a Palavra, o Cristo é o semeador; todo aquele que o encontra vida eterna encontrou.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João:
Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus: 21“Eu parto e vós me procurareis, mas morrereis no vosso pecado. Para onde eu vou, vós não podeis ir”. 22Os judeus comentavam: “Por acaso, vai-se matar? Pois ele diz: ‘Para onde eu vou, vós não podeis ir’?” 23Jesus continuou: “Vós sois daqui de baixo, eu sou do alto. Vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo. 24Disse-vos que morrereis nos vossos pecados, porque, se não acreditais que eu sou, morrereis nos vossos pecados”. 25Perguntaram-lhe, pois: “Quem és tu então?” Jesus respondeu: “O que vos digo desde o começo. 26Tenho muitas coisas a dizer a vosso respeito e a julgar também. Mas aquele que me enviou é fidedigno, e o que ouvi da parte dele é o que falo para o mundo”. 27Eles não compreenderam que lhes estava falando do Pai. 28Por isso, Jesus continuou: “Quando tiverdes elevado o Filho do homem, então sabereis que eu sou e que nada faço por mim mesmo, mas apenas falo aquilo que o Pai me ensinou. 29Aquele que me enviou está comigo. Ele não me deixou sozinho, porque sempre faço o que é de seu agrado”. 30Enquanto Jesus assim falava, muitos acreditaram nele.
- Palavra da Salvação - Glória a Vós, Senhor
Comentário ao Evangelho por São Bernardo, Doutor da Igreja Sermões diversos, n.º 22
«Quando levantardes o Filho do homem, então sabereis que Eu sou»
Deves a Cristo Jesus toda a tua vida, pois Ele deu a sua vida pela tua e suportou amargos tormentos para que tu não suportasses os tormentos eternos. Que poderá haver para ti de duro e medonho, se te lembrares de que Aquele que era de condição divina na luz da sua eternidade, antes do nascer da aurora, no esplendor dos santos, Ele mesmo resplendor e imagem da substância de Deus, veio à tua prisão, enterrar-Se até ao pescoço, como se costuma dizer, no fundo do teu lodo? (Fil 2,6; Sl 109,3; Heb 1,3; Sl 68,3)
O que não te parecerá suave, quando tiveres reunido no teu coração todas as tristezas do teu Senhor e te lembrares, primeiro, das condicionantes da sua infância, depois, das fadigas da sua pregação, das tentações dos seus jejuns, das suas vigílias de oração, das suas lágrimas de compaixão, das maquinações que armaram contra Ele [...] das injúrias, dos escarros, das bofetadas, das chicotadas, do escárnio, da troça, dos pregos, de tudo o que suportou para nossa salvação?
Que compaixão imerecida, que amor gratuito assim provado, que estima inesperada, que doçura surpreendente, que bondade invencível! O Rei da glória (Sl 23) crucificado por um escravo desprezível! Quem ouviu jamais tal coisa, quem viu alguma vez algo semelhante? «Dificilmente alguém morria por um justo» (Rom, 5,7); Ele, porém, foi por inimigos e por injustos que morreu, escolhendo deixar o Céu para nos conduzir ao Céu, ele, o amigo, o sábio conselheiro, o apoio firme. Que darei eu ao Senhor por tudo quanto Ele me deu? (Sl 115,3)
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