Quinta-feira, 24 de Janeiro de 2019.
Santo do dia: São Francisco de Sales, Bispo e Doutor da Igreja; São Feliciano de Foligno, Bispo Cor litúrgica: branco
Evangelho do dia: São Marcos 3, 7-12
Primeira leitura: Hebreus 7, 25-8, 6 Leitura da carta aos Hebreus:
Irmãos, 25Jesus é capaz de salvar para sempre aqueles que, por seu intermédio, se aproximam de Deus. Ele está sempre vivo para interceder por eles. 26Tal é precisamente o sumo sacerdote que nos convinha: santo, inocente, sem mancha, separado dos pecadores e elevado acima dos céus. 27Ele não precisa, como os sumos sacerdotes, oferecer sacrifícios em cada dia, primeiro por seus próprios pecados e depois pelos do povo. Ele já o fez uma vez por todas, oferecendo-se a si mesmo. 28A lei, com efeito, constituiu sumos sacerdotes sujeitos à fraqueza, enquanto a palavra do juramento, que veio depois da lei, constituiu alguém que é Filho, perfeito para sempre. 8,1O tema mais importante da nossa exposição é este: temos um sumo sacerdote tão grande, que se assentou à direita do trono da majestade, nos céus. 2Ele é ministro do santuário e da tenda verdadeira, armada pelo Senhor, e não por mão humana. 3Todo sumo sacerdote, com efeito, é constituído para oferecer dádivas e sacrifícios; portanto, é necessário que tenha algo a oferecer. 4Na verdade, se Cristo estivesse na terra, não seria nem mesmo sacerdote, pois já existem os que oferecem dádivas de acordo com a lei. 5Estes celebram um culto que é cópia e sombra das realidades celestes, como foi dito a Moisés, quando estava para executar a construção da tenda: “Vê, faze tudo segundo o modelo que te foi mostrado sobre a montanha”. 6Agora, porém, Cristo possui um ministério superior. Pois ele é o mediador de uma aliança bem melhor, baseada em promessas melhores.
- Palavra do Senhor - Graças a Deus
Salmo 39 (40)
- Sacrifício e oblação não quisestes, mas abristes, Senhor, meus ouvidos; não pedistes ofertas nem vítimas, holocaustos por nossos pecados, e então eu vos disse: “Eis que venho!”
R: Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!
- Sobre mim está escrito no livro: “Com prazer faço a vossa vontade, guardo em meu coração vossa lei!”
R: Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!
- Boas-novas de vossa justiça anunciei numa grande assembleia; vós sabeis: não fechei os meus lábios!
R: Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!
- Mas se alegre e em vós rejubile todo ser que vos busca, Senhor! Digam sempre: “É grande o Senhor!” os que buscam em vós seu auxílio.
R: Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 3, 7-12
- Aleluia, Aleluia, Aleluia. - Jesus Cristo salvador destruiu o mal e a morte; fez brilhar pelo evangelho a luz e a vida imperecíveis (2Tm 1,10);
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos:
Naquele tempo, 7Jesus se retirou para a beira do mar junto com seus discípulos. Muita gente da Galileia o seguia. 8E também muita gente da Judeia, de Jerusalém, da Idumeia, do outro lado do Jordão, dos territórios de Tiro e Sidônia foi até Jesus, porque tinham ouvido falar de tudo o que ele fazia. 9Então Jesus pediu aos discípulos que lhe providenciassem uma barca, por causa da multidão, para que não o comprimisse. 10Com efeito, Jesus tinha curado muitas pessoas, e todos os que sofriam de algum mal jogavam-se sobre ele para tocá-lo. 11Vendo Jesus, os espíritos maus caíam a seus pés, gritando: “Tu és o Filho de Deus!” 12Mas Jesus ordenava severamente para não dizerem quem ele era.
- Palavra da Salvação - Glória a Vós, Senhor
Comentário ao Evangelho por São Bernardo, Doutor da Igreja «Os graus de humildade e de orgulho», cap 3, §§ 6.12
«Todos os que sofriam de algum padecimento corriam para Ele, a fim de Lhe tocarem»
Segui o exemplo de Nosso Senhor, que quis sofrer a sua Paixão para assim aprender a compaixão, sujeitar-Se à miséria para assim compreender os miseráveis. Tal como «aprendeu a obedecer, sofrendo» (Heb 5,8), quis aprender também a misericórdia. [...] Talvez acheis bizarro o que acabo de dizer de Cristo: Ele que é a sabedoria de Deus (1 Cor 1,24), que tinha Ele a aprender? [...]
Reconheceis que ele é Deus e homem numa só pessoa. Enquanto Deus, é eterno, teve sempre conhecimento de tudo; enquanto homem, nascido no tempo, aprendeu muitas coisas no tempo. Desde que começou a ser na nossa carne, começou também a aprender pela experiência as misérias da carne. Teria sido mais feliz e sensato os nossos primeiros pais não terem tido de fazer esta experiência, mas o seu Criador «veio procurar aquele que estava perdido» (Lc 19,10). Teve pena da sua obra e veio procurá-la, descendo misericordiosamente para onde ela tinha perecido miseravelmente. [...]
Não foi simplesmente para partilhar a sua desgraça, mas por empatia com a sua miséria e para os libertar: para Se tornar misericordioso, não como Deus, na sua felicidade eterna, mas como homem que partilha a situação dos homens. [...] Maravilhosa lógica de amor! Como teríamos nós podido conhecer esta misericórdia admirável se ela não Se tivesse inclinado sobre a miséria existente? Como teríamos podido compreender a compaixão de Deus se ela tivesse permanecido humanamente estranha ao sofrimento? [...] À misericórdia de Deus, Cristo uniu pois a de um homem, sem a mudar, mas multiplicando-a, como está escrito: «Tu salvarás os homens e os animais, Senhor. Ó Deus, como fizeste abundar a tua misericórdia!» (Sl 35,7-8 Vulg).
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